De aprendiz a patrão - ROCHEMBACK REGRESSA À CIDADE CONDAL PARA MOSTRAR EVOLUÇÃO

“Cinco anos depois, já não sou o Fabinho. E vocês não vão ter tarefa fácil...” Rochemback vai reencontrar alguns dos amigos que deixou em Barcelona na altura da passagem pelos catalães e um dos temas de conversa na antecâmara da estreia leonina na Champions será, por certo, a evolução do brasileiro nos últimos anos. Com uma particularidade: o médio que chegou em 2001 à Catalunha para fazer esquecer Pepe Guardiola (que rumou nesse ano a Itália, para o Brescia) vai defrontar o ídolo... no banco adversário.

“Guardiola faz parte da história do Barcelona e quero aprender com ele. É um símbolo que nunca poderei substituir porque é único”, sublinhou o n.º 26 antes de ser apresentado em Camp Nou, acrescentando: “Somos jogadores muito diferentes, mas, se existirem semelhanças, será apenas na vontade, garra e entrega que colocamos em campo.” Agora, o jogador dos lisboetas com mais partidas disputadas na Europa (44, entre as quais duas finais da Taça UEFA perdidas) encontra-se apostado em provar que a saída dos espanhóis se deveu, acima de tudo, à instabilidade que o clube vivia.

Falhanço

No somatório de partidas no campeonato e na Europa, o canarinho tem tantos jogos disputados pelo Barça como pelo Sporting, mas quase três vezes mais golos pela formação verde e branca. Em 2001, Carlos Rexach não teve dúvidas em aconselhar a contratação do jovem do Internacional e os blaugrana pagaram cerca de 12 milhões de dólares – maior transferência do Colorado até... Alexandre Pato – numa jogada de antecipação ao Bayern (e o atleta até tem ascendência alemã...).

No início, além do diminutivo de Roca, alguns até denunciavam algumas parecenças com o holandês Johan Neeskens. Contudo, a primeira aventura extra-Brasil não teve grande sucesso e, durante o reinado de Van Gaal, o médio “eclipsou-se”.